15 de nov. de 2007

Números Maléficos e Diletantes

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Dia 9 de novembro fui ao show do Sir. Lobão e da excelente banda Dr. Cascadura.

Fiz fotos, vídeos, mas, não ficaram legíveis. Das imagens em minha cabeça, revejo Lobão gesticulando para o copo vazio, furando o ar com o dedo para que alguém lhe trouxesse mais um uísque. Foram quatro copos, só no palco; estou com mania de números.

Mas não consegui contabilizar os milhares de tênis "All Star" e as mãos recheadas de maconha no show; sou a favor do livre-arbítrio, da legalização e etc, porém, no meu tempo não era assim. Agora, são mãos em forma de conchinha, com os donos sempre de pé, em dupla, igual postes, um "tratando" e o outro aparando, como que para estampar ao mundo: "sim, iremos fumar maconha".

É uma publicidade forçada do "homem-descolado".

Os espertos de verdade apertam em casa; trazem prontos, dentro dos maços de cigarros ou, até, dentro das caixinhas de óculos. Enfim, da fumaça impregnada à revelia em minhas roupas, sobrou o recibo do ingresso. No dia 13 usei a mesma calça incensada para ver o jogo do Vitória. O buquê de THC deu sorte. O Vitória retornou à 1ª divisão após o placar de 4X1 sobre o CRB de Alagoas. E hoje, ao lavar a calça, encontrei o ingresso do filme "1408". É isso. Meus números. Quatro uísques, quatro gol´s e o filme 1408 às quatro.

"1408" é uma boa estória sobre um quarto bem fuck evil, maléfico, onde após a entrada não se dura mais que uma hora vivo. O protagonista é um escritor de livros ao modo "Os 10 cemitérios mais assombrados", "As dez casas mais assombradas"; e, pra variar, está no término de "Os 10 hotéis mais assombrados" haha.
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A técnica "freddy krueger" é bem utilizada e surpreende. No ponto alto, o persona retorna sempre ao quarto e permanece aprisionado; gostei muito quando o "cenário" é arrancado por marretas e chutes, violentamente, como uma espécie de casca, fazendo o quarto 1408 reaparecer. Vale conferir.

Já tive algumas experiências parecidas. E meus personagens em "Hotel Califórnia" e "Trabalho de Boca" também. Venho remoendo uma última, bem estranha e real, onde fizeram as juntas dos dedos como alicate e beliscaram meu nariz. Alicate de nós de ossos; carinhosos, até. Mãos finas, delicadas. Senti os pés afundando no colchão da cama e não quis abrir os olhos. Amiúde: alguém apertou levemente meu nariz, caminhou sobre a cama e desapareceu.

Já vivi cenas piores.

Poleiro de dedos. Pés. Olhos. "Telefones" explodindo no ouvido em tapas; ou "repeat´s" de um acidente de carro, onde ganhei exatamente 56 pontos no braço direito; ninguém sabe de uma das rodas do carro. Ela amaciou a pancada e sumiu; mas as lembranças se repetem. Retornam como a música do rádio no instante do baque; música ruim, sim, como a maioria que se toca neles. É a vida atormentada por números e músicas maléficas-ruins. Ao menos, as relacionadas nas fotos foram boas.

Como disse Lobão, bebericando aquele mel de uísque: "ah!, a vida é doce";

"São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirênes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa,
depressa demais
A vida é doce... depressa demais".

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahahahaha! Qual seria o kit Hype, Diogo? All Star, maconha e q mais? Lista de bandas desconhecidas?
Isso tem me enchido o saco, sabia? Eu gostava de All Star. Gostava sim. Nunca fumei maconha e nem tive vontade. Mas faz parte do Kit Hype do momento. Quer ser modernoso? Ah, quer ser foda? Decora aí o nome de bandas estranhas e fica tagarelando por aí. O poder hj está fragmentado e até em bandas estranhas ele reside quentinho. :P Quanta merda, hein, baby? Onde vamos parar? (Momento idoso... Sim, no nosso tempo não era assim).

Beijos e abraço apertado,

Jana.

Diogo Costa disse...

Pois é Jana. Esses esqueróides são um saco. Foda mesmo é Charles Bronson em Kinjite - desejos proibidos. hehehe.

Abração!